O governo chinês anunciou a implantação de novas e rigorosas regras sobre a notificação de incidentes cibernéticos: elas agora exigem que as organizações informem ao governo incidentes cibernéticos graves no prazo máximo de uma hora. A medida foi planejada para fortalecer as defesas nacionais contra ataques digitais de grande escala que possam comprometer a estabilidade do país ou impactar sua vasta população.
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A principal novidade é a ordem de notificação imediata, limitando o tempo de notificação a apenas 60 minutos. Essa obrigatoriedade se aplica a qualquer incidente de segurança que atinja uma escala massiva, definida por dois critérios: afetar mais da metade da população de uma província ou atingir um total de 10 milhões de pessoas. Ao focar em desastres de larga escala que comprometem infraestruturas críticas e um vasto número de cidadãos, o governo chinês visa garantir uma resposta centralizada e ultrarrápida, visando a contenção de danos em tempo recorde.
O motivo oficial por trás da nova regulamentação é fortalecer as defesas nacionais contra grandes ameaças cibernéticas. A velocidade permite que as autoridades do governo intervenham rapidamente para analisar, mitigar e coordenar a recuperação em todo o país. Essa abordagem reflete a percepção chinesa da guerra cibernética como um risco existencial, exigindo uma política de “tolerância zero” para falhas de comunicação e atrasos na resposta. O rigor de uma hora, em contraste com prazos mais longos adotados em outras nações, sublinha a seriedade com que Pequim trata a proteção da sua infraestrutura digital.