Você investe em fibra, estrutura e atendimento. Mas e o CPE? Os CPEs (Customer Premises Equipment) são os equipamentos instalados no local do cliente, seja em casa ou na empresa, que fazem a interface entre a rede do provedor e os dispositivos finais. Podem ser modens, ONUs, ONTs, roteadores, rádios, gateways de voz ou mesmo equipamentos mais robustos, dependendo do tipo de conexão e da aplicação.
Ignorar o impacto do CPE na qualidade de rede é um erro que pode custar caro aos provedores de internet – ISPs. Um equipamento mal dimensionado ou inadequado pode ser o divisor de águas entre uma experiência excelente e uma enxurrada de chamados no suporte.
Neste blog, você vai entender como escolher o CPE ideal para cada perfil de cliente e transformar a percepção do seu serviço.
O que é CPE e qual sua função na rede?
O termo CPE abrange todo o conjunto de equipamentos de telecomunicações e rede que são instalados nas dependências do cliente, conectando-o à rede do provedor. Ele é essencial para viabilizar a entrega de internet, voz e outros serviços digitais.
Entre os principais exemplos de CPE estão:
- Modens e roteadores residenciais;
- ONUs e ONTs para redes GPON;
- Equipamentos Wi-Fi com suporte dual band;
- Gateways de voz (para telefonia IP);
- Antenas e rádios em conexões via wireless;
- Firewalls e switches para clientes corporativos.
Em resumo, é no CPE que a rede do provedor termina e começa a experiência do cliente, e é justamente por isso que ele tem papel central na qualidade de rede percebida.
Como o CPE impacta diretamente na qualidade de rede

A qualidade de rede não é percebida apenas em números de velocidade. O cliente julga a conexão pela estabilidade, alcance do Wi-Fi, capacidade de múltiplas conexões simultâneas, baixa latência e ausência de quedas.
Por isso, o CPE precisa estar alinhado ao perfil de uso de cada cliente. Um equipamento inadequado pode comprometer a experiência, aumentar as chamadas de suporte e até gerar cancelamentos.
Escolhendo o CPE ideal para cada cliente
A escolha do CPE depende diretamente do plano contratado e do tipo de uso. Veja algumas orientações práticas:
- Cliente residencial com uso básico: uma ONU de porta única acompanhada de um roteador simples pode ser suficiente.
- Usuário gamer ou heavy user: recomenda-se uma ONU combinada com um roteador mais robusto, ou uma ONT com Wi-Fi dual band (2,4 GHz e 5 GHz) para maior desempenho e estabilidade.
- Pequenas empresas: o ideal é utilizar uma ONT que permita a entrega de múltiplos serviços, como dados e voz.
- Clientes conectados via rádio: é fundamental considerar a distância até a torre e o plano de banda contratado ao selecionar o CPE adequado.
CPE e o modelo de serviços personalizados
Para garantir uma boa qualidade de rede e evitar custos desnecessários, uma prática eficiente é criar prateleiras de serviço com base nos diferentes tipos de CPE.
Essa estratégia permite oferecer soluções personalizadas, como:
- Plano básico com CPE mais simples;
- Plano gamer com CPE de alto desempenho;
- Plano empresarial com CPEs que suportam múltiplos serviços e interfaces.
Além de melhorar a experiência do cliente, esse modelo reduz chamados de suporte e aumenta a percepção de valor do serviço entregue.
Tendência: o surgimento do vCPE
Com a evolução tecnológica, surgiram os vCPEs (virtual Customer Premises Equipment). Nesse modelo, as funções que antes dependiam de hardware específico são virtualizadas e executadas por meio de software em equipamentos genéricos.
O vCPE oferece vantagens como:
- Agilidade na implantação de novos serviços;
- Centralização na gestão e manutenção;
- Redução de custos operacionais e menor necessidade de visitas técnicas;
- Maior escalabilidade e flexibilidade na oferta de serviços corporativos.
Embora ainda mais comum em ambientes empresariais, o vCPE tende a ganhar espaço em operações mais avançadas, especialmente entre ISPs que querem otimizar sua operação e ofertar serviços gerenciados.
Conclusão
O CPE é peça-chave na entrega de um serviço de qualidade. É ele que define, na prática, como o cliente vai perceber a sua rede e, por consequência, como ele vai avaliar seu provedor.
Selecionar o equipamento certo com base no perfil do usuário, nas características da conexão e nos serviços ofertados é um passo essencial para garantir a qualidade de rede, reduzir chamados de suporte e fidelizar clientes.
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