
- Globalstar planeja testar o uso de drones para fornecer internet 5G em áreas remotas, ampliando o alcance da conectividade.
- Documentos enviados ao FCC, órgão dos EUA, indicam que o projeto usará a faixa n53 do 5G, compatível com iPhones a partir do 14.
- A empresa já é responsável pelos recursos de conectividade via satélite presentes nos smartphones da Apple.
A Globalstar, responsável pelos recursos de conectividade via satélite presentes nos iPhones, está preparando um projeto experimental para fornecer sinal 5G através de aeronaves não tripuladas em grande altitude. A proposta é que drones funcionem como estações aéreas, emitindo cobertura de internet para dispositivos no solo.
Segundo documentos enviados à Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos, a companhia solicitou autorização para testar um “protótipo de estação sem fio em plataforma de alta altitude”, utilizando o espectro de rádio de 2,4 GHz licenciado pela própria Globalstar.
Como vai funcionar o teste?
A empresa explica no pedido que pretende empregar a tecnologia XCOM RAN em uma aeronave não tripulada de longa duração, operando entre 3 mil e 60 mil pés de altitude. De acordo com a documentação, “este sistema aéreo não tripulado será fabricado por uma importante empresa de aviação”.
O projeto tem caráter experimental e não envolve uso comercial. A ideia seria realizar os testes entre outubro de 2025 e abril de 2026. O veículo aéreo foi projetado para transmitir na faixa n53 do 5G — a mesma que passou a ser compatível com os iPhones a partir do modelo 14, que também trouxe a função SOS Emergencial via satélite.
No pedido à FCC, a Globalstar indica que o plano é complementar a atual rede de satélites com essas plataformas aéreas de alta altitude, conhecidas como HAPS. Segundo a empresa, “no futuro, sistemas HAPS sem fio na Banda n53 poderão ser usados para preencher lacunas nas áreas de cobertura de voz e banda larga das operadoras móveis”.
A Globalstar ainda acrescenta que “testes aéreos em ambiente operacional são necessários para garantir que o sistema de radiofrequência do HAPS atenda aos requisitos funcionais e de desempenho”.
Qual será o alcance da conectividade?

O protótipo será equipado com uma unidade de rádio 5G da Globalstar conectada a duas antenas projetadas para “conectividade 2×2 MIMO 5G/LTE”. Com isso, a empresa espera fornecer acesso à rede em um raio de aproximadamente 32 quilômetros a partir da aeronave.
O pedido de testes cita ainda que os voos devem ocorrer em Pendleton, no estado de Oregon (EUA), em um aeroporto utilizado para operações com aeronaves não tripuladas. O espaço é gerenciado por empresas do setor de aviação, incluindo a Insitu, subsidiária da Boeing.
Se os experimentos forem bem-sucedidos, os drones de alta altitude podem se tornar uma solução complementar para expandir a cobertura de voz e dados em locais remotos ou pouco atendidos pelas operadoras. Embora a tecnologia esteja em estágio inicial, a Globalstar acredita que sistemas HAPS poderão reduzir falhas na conectividade e melhorar o acesso em diferentes regiões.
Com informações da PCMag
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