Edge e data centers regionais: por que a descentralização é o futuro da conectividade no Brasil 

há 3 dias 8

Respostas instantâneas e conectividade de qualidade, essas são as novas exigências do mercado digital impulsionado por tecnologias como 5G, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).  A expansão da infraestrutura para fora dos grandes centros e a necessidade de deixar essa infraestrutura mais próxima do usuário colocam o edge computing e os data centers regionais no centro das estratégias das empresas de Telecomunicações. 

Afinal, essa é a essência do edge computing: levar o processamento de dados para a “borda” da rede, reduzindo a dependência de grandes data centers centralizados e entregando mais velocidade, resiliência e eficiência para provedores e clientes finais. 

A força da descentralização na era do edge computing 

Tradicionalmente, os grandes data centers do país estão concentrados em regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, o que cria gargalos e aumenta a latência em localidades mais distantes. 

No entanto, o modelo centralizado já não é suficiente para atender às novas demandas de conectividade. Aplicações críticas, como carros conectados, telemedicina, videomonitoramento e automação industrial, exigem baixa latência e alta disponibilidade, algo que só é possível quando o processamento ocorre próximo ao ponto de uso. 

É nesse contexto que o edge computing e os data centers regionais ganham protagonismo, permitindo uma distribuição inteligente do tráfego e um tempo de resposta reduzido. Essa descentralização também fortalece a resiliência das redes, promove um ecossistema digital mais equilibrado e impulsiona o desenvolvimento tecnológico fora dos grandes centros urbanos. 

O mercado brasileiro de data centers e o impulso do Redata 

O Brasil vive um momento estratégico de fortalecimento de sua infraestrutura digital. Segundo o Ministério da Fazenda, apenas 40% dos dados brasileiros são processados dentro do país, o restante depende de serviços contratados no exterior, o que eleva custos e representa riscos à soberania digital. 

Para mudar esse cenário, o governo federal lançou, em setembro de 2025, o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center no Brasil (Redata). A iniciativa, parte da Política Nacional de Data Centers (PNDC) e vinculada à Nova Indústria Brasil (NIB), busca estimular a instalação e a expansão de data centers nacionais. 

Incentivos fiscais 

O programa concede isenção de PIS/Pasep, Cofins, IPI e imposto de importação para aquisição de equipamentos de TIC, nacionais ou importados, usados na implantação, ampliação e manutenção de data centers. 

 Em contrapartida, as empresas beneficiadas deverão investir 2% do valor dos produtos adquiridos em pesquisa, desenvolvimento e inovação e reservar ao menos 10% da capacidade de processamento ao mercado interno. 

Foco na sustentabilidade 

O Redata também estabelece critérios rigorosos de sustentabilidade, exigindo o uso de energia renovável ou limpa e padrões de eficiência hídrica nos projetos contemplados. A medida reforça o compromisso do país em conciliar crescimento tecnológico e responsabilidade ambiental. 

Descentralização regional 

A política prevê condições mais favoráveis para investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com redução das contrapartidas exigidas. Essa estratégia busca estimular a desconcentração da infraestrutura digital, ampliando o alcance dos serviços e reduzindo a dependência dos grandes centros urbanos. 

Com R$ 5,2 bilhões previstos no PLOA 2026 e expectativa de R$ 2 trilhões em investimentos na próxima década, o Redata representa um passo decisivo para reposicionar o Brasil no mapa global de data centers e impulsionar o desenvolvimento digital em todas as regiões do país. 

A contribuição da Eletronet para o novo cenário 

Com 17 mil quilômetros de rede óptica, mais de 170 POPs e 18 data centers interligados, a Eletronet atua como um dos principais facilitadores da infraestrutura descentralizada no país. 

Sua rede 100% em OPGW (Optical Ground Wire) garante resiliência, segurança e baixa latência, características essenciais para suportar o crescimento do tráfego de dados e conectar novos polos regionais. 

A empresa também participa de parcerias estratégicas que reforçam sua presença nacional e internacional, entre elas, a integração com o Atlantic Data Center, em Recife (PE), e as colaborações com Ascenty e Equinix, que ampliam sua oferta de colocation e interconexão de alta capacidade. 

Com projetos como o Anel Américas, que conecta São Paulo, Nova York, Miami e Fortaleza, a Eletronet também fortalece o trânsito IP internacional, aproximando o Brasil das principais rotas globais de dados e preparando o país para o futuro do edge. 

Para entender melhor, confira o depoimento do gerente de Produto, Celio Mello, ao IP News

Descentralizar para crescer 

A ascensão do edge computing e dos data centers regionais marca uma nova fase para o setor de telecomunicações. Descentralizar é o caminho natural para atender às demandas de velocidade, confiabilidade e proximidade que definem o futuro digital. 

Com parcerias estratégicas, presença internacional e compromisso com a inovação, a Eletronet oferece aos provedores e operadoras uma base sólida para crescer, competir e se conectar às tendências globais, com excelência técnica e proximidade com seus clientes. 

👉 Quer levar sua operação para o próximo nível com conectividade de alta performance e baixa latência? Fale com a Eletronet e descubra como integrar sua rede ao futuro do edge computing. 

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