Durante o Oracle Data & AI Forum, realizado em agosto, a Globo apresentou seu case de transformação tecnológica, destacando como a inteligência artificial (IA) e as soluções da Oracle têm sustentado a evolução de seus processos corporativos.
Alexandre Donner, líder de tecnologia para Finanças, SCM, Facilities, Jurídico, Marca e Consumo Multiplataforma da Globo, explicou que a empresa já utiliza IA há mais de uma década, aplicada a recomendações de conteúdo, personalização e publicidade. A recente consolidação de sistemas e dados, após a unificação de cinco empresas, permitiu avançar em novas fases de uso da tecnologia, especialmente em áreas como supply chain e planejamento de produtos.
Oracle no centro da gestão corporativa
Segundo Donner, a Globo implantou soluções da Oracle em áreas como ERP, supply chain, EPM e HCM, que hoje cobrem a maior parte dos processos corporativos da companhia. "O core da nossa solução de gestão corporativa é majoritariamente Oracle. Temos muitos fornecedores e sistemas especialistas, mas a base da operação é sustentada por essas soluções", afirmou.
A cada trimestre, novas releases são incorporadas, trazendo funcionalidades adicionais e recursos de inteligência artificial embarcados. Atualmente, a empresa trabalha com cerca de 55 features de IA nessas frentes, sendo metade já implementada ou em testes. Entre os exemplos citados estão agentes que recomendam fornecedores, consultam políticas de compra em tempo real e otimizam a organização de itens em centros de distribuição.
Democratização da IA e novo modelo de trabalho
Donner destacou ainda a chegada do Oracle IA Studio Platform, que permitirá à Globo criar agentes customizados a partir de dados internos, sem necessidade de exportação para ambientes externos. "Queremos democratizar o uso da IA, não só pelas áreas de tecnologia, mas também pelo negócio, sempre com governança muito clara", explicou.
O executivo também ressaltou a governança aplicada na gestão de custos em nuvem, citando a adoção de práticas de FinOps premiadas. "Na Globo, IA não é remédio para tudo. Cada projeto precisa ter ROI claro, assim como já fazemos com automação e RPA", afirmou. Para ele, a próxima onda tecnológica está na interoperabilidade entre agentes inteligentes e na mudança do modelo de trabalho com processos cada vez mais automatizados.
Perspectiva da Oracle
Renata Pessoa, vice-presidente de Apps da Oracle América Latina, reforçou que a estratégia da Globo em reduzir customizações e manter alta aderência às soluções originais acelera a adoção de novos recursos. "Quando há menos fricção tecnológica e mais integração, os agentes fluem melhor. Isso aumenta a produtividade e permite resultados mais rápidos", afirmou.
Para ela, a chegada do colaborador digital, operando lado a lado com o humano, é a próxima etapa desse movimento, trazendo ganhos de produtividade e eficiência em escala.