GPT-5 decepcionou, mas abriu a porta da próxima revolução

há 3 dias 8

O GPT-5 foi lançado em agosto de 2025 cercado de expectativa. Prometia velocidade, poder e versatilidade. Na prática, entregou algo diferente: uma IA mais fria, menos empática e com respostas inconsistentes. A frustração foi tão grande que a OpenAI teve de reativar o GPT-4o para assinantes, admitindo que, embora mais avançado, o modelo não trouxe a experiência humana que muita gente esperava.

O salto técnico aconteceu, mas o fator humano se perdeu. Usuários sentiram falta de conexão, apontaram falhas de lógica e criticaram o tom mecânico. Sam Altman, CEO da OpenAI, reconheceu publicamente o problema e afirmou que o GPT-6 virá com foco em utilidade prática, personalização e integração com o comportamento humano. Isso mostra que a inteligência pura não é mais suficiente. A tecnologia precisa se conectar com as pessoas e com os processos do dia a dia.

Esse episódio marca uma virada de paradigma. A corrida não está mais no acúmulo de inteligência, mas em como a IA se encaixa no cotidiano. O diferencial agora está em memória persistente, adaptação e personalização da experiência. Empresas que já exploram essas capacidades relatam melhorias reais na tomada de decisão, na velocidade de resposta e na qualidade do atendimento ao cliente.

Na educação, significa conteúdos ajustados ao ritmo de cada aluno, acompanhando seu progresso e dificuldades específicas. Nos negócios, processos mais ágeis e atendimento que entende o cliente se tornam possíveis. Na saúde, o suporte se adapta às necessidades individuais de pacientes e médicos. O valor não está em parâmetros ou algoritmos cada vez mais complexos, mas no que a IA entrega de concreto para cada pessoa.

Com isso surgem também desafios sociais e éticos. É preciso cuidar da privacidade, do uso responsável e do design centrado no humano. Modelos de linguagem deixaram de ser espetáculo para virar ferramenta. O objetivo agora é que sejam seguros, empáticos e realmente úteis. Empresas e desenvolvedores que entendem isso conseguem criar soluções que agregam valor real, sem depender apenas de números ou capacidade computacional.

O tropeço do GPT-5 não é o fim da inovação. É um lembrete de que a evolução da IA depende menos de saber tudo e mais de entender e se conectar. O futuro não será medido pela inteligência crua, mas pela capacidade de adaptar-se, apoiar e potencializar as pessoas. A próxima geração de IA será julgada pelo impacto que gera na vida de cada usuário e na eficiência de seus processos.

Renato Asse, fundador da Comunidade Sem Codar.

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