Que a Inteligência Artificial já deixou de ser uma promessa e se tornou uma realidade que faz parte de todos os setores econômicos e sociais, não é nenhuma novidade. Acontece que na mesma proporção em que surgem os novos recursos sobre IA, aumenta também a necessidade de maior poder computacional e análise de dados cada vez mais aprofundados.
É justamente nesse contexto que uma nova convergência tecnológica começa a ganhar relevância: a união da IA com a computação quântica. Em linhas gerais, a Computação Quântica se concentra em solucionar problemas que as máquinas convencionais demorariam anos para processar. Quando a IA e essa capacidade de análise se unem, conseguimos lidar com volumes massivos de dados e cálculos extremamente complexos em uma fração do tempo. O que isso nos proporciona? Mais velocidade, mas também a possibilidade de alcançar resultados mais precisos e eficientes.
Em um mundo altamente competitivo e hiper conectado, um dos maiores desafios para as empresas é justamente a capacidade de organizar, limpar e integrar informações de diferentes fontes. Portanto, com a capacidade quântica, torna-se viável processar essas etapas de forma mais otimizada, garantindo dados de melhor qualidade para alimentar os modelos de IA e, assim, conseguir inferir resultados cada vez mais qualificados.
Outro benefício dessa união é que, por meio da Computação Quântica, há a abertura de espaços cada vez mais relevantes para redes neurais mais potentes, capazes de gerar insights em escalas até então inalcançáveis, superando eventuais limitações de performance em tarefas, como reconhecimento de padrões, simulações e previsões mais complexas. Já é possível ver aplicações práticas (e eficientes) em setores como saúde, finanças, energia e segurança cibernética.
Como tudo na vida, há o bônus e o ônus de se apostar em determinadas tecnologias. Nesse caso, um deles é o alto custo para sua implementação, a necessidade de infraestrutura específica e a própria fase experimental dos computadores quânticos, que apesar dos últimos avanços, ainda não conseguimos aplicá-los em larga escala.
Por fim, mais do que potência tecnológica, o "casamento" da IA com a Computação Quântica representa um avanço estratégico. Por meio dele seremos capazes de transformar dados em ativos de valor e acelerar modelos que podem redefinir a forma como tomamos decisões. Afinal, quando elas se encontrarem de forma madura, estaremos diante de uma nova era de inovação.
Alon Lubieniecki, CEO da Luby.