iFixit confirma: os novos AirPods Pro 3 praticamente não podem ser consertados

há 1 semana 9

Os novos AirPods Pro 3 mal chegaram ao mercado e já conquistaram um título indesejado: são oficialmente impossíveis de reparar. O veredito veio da iFixit, comunidade referência em desmontagens e reparos, que atribuiu nota zero (em uma escala de 0 a 10) para a nova geração dos fones premium da Apple.

Componentes minúsculos, chances quase nulas

A dificuldade não é novidade. Desde o primeiro modelo, os AirPods sempre apresentaram desafios extremos de reparo por conta do design ultracompacto. No caso dos Pro 3, a história se repete. Os técnicos da iFixit conseguiram acessar componentes internos apenas destruindo fisicamente os fones, confirmando que foram projetados para não serem consertados.

O que mudou no modelo 2025

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Apesar da filosofia de design fechada ter se mantido, a Apple fez ajustes discretos nos AirPods Pro 3:

  • As ponteiras receberam um novo acabamento com microcamada de espuma, pensado para maior vedação sonora.

  • Cada fone carrega uma bateria de 0,221 Wh.

  • A case de recarga agora traz apenas uma célula de 1,334 Wh, em vez das duas usadas nos AirPods Pro 2 — o que reduz a autonomia total para 24 horas (eram 30 horas no modelo anterior).

  • Houve também redução no número de ímãs de terras raras, mas sem comprometer a compatibilidade com recarga sem fio via MagSafe e Qi 2.

O calcanhar de aquiles: a bateria

Assim como em gerações passadas, a bateria continua selada com cola forte. Isso significa que substituí-la exige calor para amolecer o adesivo e o desarme cuidadoso de cabos flex internos. Além do risco de danificar os circuitos, o processo inevitavelmente deixa marcas na carcaça.

A iFixit ressalta que até mesmo oficinas especializadas evitam oferecer reparo da bateria nesses modelos, tamanha a complexidade e a alta chance de perda estética e funcional. O problema se repete tanto nos fones quanto na case de recarga.

O impacto para o usuário

Na prática, os AirPods Pro 3 seguem a lógica de serem dispositivos de uso descartável. Quando a bateria perde capacidade — algo inevitável após alguns anos de uso intenso — a substituição se torna economicamente inviável. Para consumidores, isso significa ciclo de vida curto e dependência de troca por um novo produto.

Esse formato levanta críticas não apenas sobre sustentabilidade, mas também sobre o direito à reparação, tema cada vez mais presente em regulamentações na Europa e nos Estados Unidos

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