iFood volta a fazer entregas no Brasil com drones autorizados pela ANAC

As entregas por drones feitas pelo iFood voltam a ser realidade no Brasil. A empresa de delivery acaba de receber uma autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que permite a operação permanente de voos sobre áreas povoadas, marcando um novo capítulo na logística de entregas no país.

A retomada do serviço acontece no estado de Sergipe, onde a plataforma já havia realizado testes com a tecnologia em 2021. Com esta nova fase, as operações ganham escala significativa, funcionando todos os dias da semana e com capacidade para atender até 280 pedidos diários, utilizando drones capazes de transportar pacotes de até 5 kg por voo.

O projeto representa um marco para o setor logístico brasileiro, sendo considerado o primeiro sistema de logística multimodal com drones dedicado a entregas não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. A iniciativa é viabilizada através da parceria estratégica entre o iFood e a Speedbird Aero, empresa especializada no desenvolvimento e operação de soluções logísticas com drones.

Drone hexacóptero iFood usado para entregas por drones com cápsula vermelha pendurada em voo no céu claro de Sergipe.

Esta não é a primeira tentativa da empresa com as entregas por drones. Entre 2020 e 2021, a tecnologia chegou a ser implementada em Campinas (SP), em uma rota experimental de apenas 400 metros que conectava o Shopping Iguatemi a 20 estabelecimentos parceiros. Durante este período inicial de testes, aproximadamente 300 entregas foram realizadas antes da descontinuidade temporária do serviço.

Na fase atual, o trajeto aéreo conectará o Shopping RioMar, localizado em Aracaju (SE), a condomínios residenciais na Barra dos Coqueiros. Este percurso de menos de quatro quilômetros representa uma revolução logística para a região, reduzindo drasticamente o tempo de entrega: o que levaria cerca de uma hora por vias terrestres é completado em menos de 30 minutos com o transporte aéreo.

A autorização concedida pela ANAC pode agilizar a regulamentação do uso comercial de drones no Brasil, abrindo precedentes para a expansão desta tecnologia em outros setores além do delivery de alimentos.

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