Um novo levantamento da ISACA revela que, mesmo diante de equipes de segurança cibernética desfalcadas, menos empresas estão treinando funcionários de outras áreas para atuar em funções de segurança. O State of Cybersecurity 2025 Report mostra que apenas 29% das organizações ofereceram esse tipo de capacitação, contra 41% no ano anterior. Ao mesmo tempo, 55% das equipes estão com falta de pessoal e 65% têm vagas em aberto.
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O estudo aponta que 70% dos profissionais de segurança acreditam que a demanda por especialistas técnicos crescerá no próximo ano, embora dificuldades de contratação e retenção persistam. O tempo médio para preencher vagas de nível inicial varia entre três e seis meses para 38% dos respondentes, e 39% relatam o mesmo prazo para posições mais avançadas. Metade das organizações admite enfrentar problemas para reter talentos.
Outro dado relevante é que a adaptação passou a ser a principal qualificação exigida (61%), seguida de experiência prévia em cibersegurança (60%). Entre as lacunas de competências mais críticas, estão habilidades comportamentais: pensamento crítico (57%), comunicação (56%) e resolução de problemas (47%).
O uso de inteligência artificial também ganhou espaço: 47% dos entrevistados afirmam ter contribuído para a governança de IA em suas organizações (ante 35% no ano anterior) e 40% participaram de implementações de IA. As principais aplicações são detecção de ameaças (32%), segurança de endpoints (30%) e automação de tarefas rotineiras (28%).
A pesquisa ainda destaca um cenário de ameaças complexas, em que os ataques de engenharia social lideram (44%), seguidos pela exploração de vulnerabilidades (37%) e malwares (26%). Apesar de ligeira queda, 35% dos profissionais relatam aumento no número de ataques em comparação ao ano passado. O ambiente de pressão reflete na saúde dos times: 66% dizem que sua função é mais estressante do que há cinco anos, e 47% apontam o estresse como principal fator de evasão.