Kate Ancketill prevê consumo mediado por IA no Wake Summit

há 1 semana 17

A futurista britânica Kate Ancketill, membro do painel do comitê de conteúdo da National Retail Federation (NFR) e CEO da GDR Creative Intelligence, apresentou suas previsões para o varejo no Wake Summit no início de setembro. Segundo a executiva, em breve, máquinas venderão para outras máquinas.

A britânica defendeu que os chamados agentes pessoais de inteligência artificial assumirão protagonismo na mediação entre consumidores e marcas, inaugurando o que chamou de "mundo pós-app". "Estamos avançando rapidamente para um futuro em que não acessaremos mais aplicativos em telas pequenas. Diremos ao nosso agente o que queremos e ele fará por nós", afirmou. 

Nos Estados Unidos, o tráfego de sites proveniente de navegadores com IA e chatbots cresceu 4.700% em um ano. Para Ancketill, "as máquinas logo estarão vendendo para máquinas", o que exigirá mudanças na forma como empresas produzem conteúdo e organizam informações. A previsão é que até metade do tráfego da web seja mediado por agentes digitais nos próximos cinco anos. 

Consumidores afastados, mas não fora do processo

Além da tecnologia, a executiva destacou mudanças de comportamento. Consumidores passam a exigir circularidade, transparência e personalização extrema. "Eles querem vender e comprar de segunda mão, e não aceitam mais a falta de clareza sobre o que consomem", disse.

Exemplos desse movimento já aparecem em diferentes frentes. Na China, caixas eletrônicos que derretem ouro usado e depositam o valor em conta mostram como o consumidor busca transformar posses em liquidez de forma imediata, enquanto, no varejo, ganham espaço avatares digitais capazes de atuar como vendedores, recomendando produtos e personalizando o atendimento em tempo real. Esses casos, avaliou Ancketill, reforçam a ideia de que tecnologia e comportamento caminham juntos para redefinir a relação entre pessoas e marcas.

Para a CEO, a convergência entre agentes digitais, circularidade e experiências físicas imersivas marca uma virada no setor. "Consumidores esperam circularidade, personalização e transparência. Marcas terão de aprender a falar não apenas com pessoas, mas também com suas inteligências artificiais pessoais".

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