Polícia Civil e Anatel desmantelam fábrica de bloqueadores de sinal em SP

há 1 semana 17
Imagem mostra equipamentos apreendidos pela Polícia Civil em Sorocaba. Há celulares, bloqueadores de sinal e sistemas antidroneAção conjunta apreendeu equipamentos destinados a organizações criminosas (imagem: reprodução/Polícia Civil)
Resumo
  • A polícia civil e a Anatel desmantelaram em Sorocaba (SP) uma fábrica clandestina de bloqueadores de sinal.
  • No local, foram apreendidos bloqueadores de sinal, sistemas antidrone e bloqueadores de GPS.
  • Os equipamentos eram vendidos ilegalmente a organizações criminosas e comprometiam serviços essenciais, incluindo a navegação aérea.

Uma operação conjunta entre as polícias civis do Rio de Janeiro e São Paulo, com apoio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desmantelou, nesta segunda-feira (15/09), uma fábrica clandestina de bloqueadores de sinal em Sorocaba, no interior paulista.

No local, foram apreendidos diversos equipamentos, como jammers, sistemas antidrone e bloqueadores de GPS. O responsável pela produção foi conduzido à delegacia em Sorocaba e os equipamentos foram levados pela Polícia Civil carioca.

Equipamentos prontos para venda

A ação foi resultado de um trabalho de investigação integrado que cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma oficina na cidade de Sorocaba. Segundo a Anatel, no local ocorria a fabricação e montagem de dispositivos de uso restrito, vendidos ilegalmente para organizações criminosas.

Durante a operação, os agentes encontraram diversos equipamentos em diferentes estágios de produção. Foram apreendidas maletas completas de sistemas antidrone, módulos de potência, antenas e outras peças utilizadas na montagem dos aparelhos.

Imagem mostra uma maleta com um Jammer Drone de cor pretaJammers são usados para bloquear sinal (imagem: reprodução/Polícia Civil)

A Anatel informou que apreendeu anteriormente dispositivos similares, produzidos no mesmo local, em comunidades no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. De acordo com denúncias, eles causavam interferência em serviços essenciais, incluindo a navegação aérea do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

Os bloqueadores de sinal, conhecidos como jammers, e os sistemas antidrone são tecnologias controladas e restritas às Forças Armadas, órgãos de segurança pública e à Presidência da República.

Fora o uso oficial, organizações criminosas costumam utilizá-los para dificultar a ação das forças de segurança, interferindo na comunicação via rádio, desativando sinais de GPS para roubo de cargas e derrubando drones de monitoramento policial.

Segunda apreensão em dois dias

Imagem mostra dois policiais civis do Rio de Janeiro em frente a uma viatura. Eles estão fardados e armadosOperação conjunta prendeu grande fornecedor da tecnologia há dois dias (imagem: reprodução/PCRJ)

A operação desta segunda-feira ocorre apenas dois dias após outra ação policial ter prendido um dos maiores fornecedores desses equipamentos para facções do Rio de Janeiro. No sábado (13/09), policiais civis do Rio e de São Paulo prenderam Átila Carlai da Luz em um condomínio de luxo, também em Sorocaba.

A polícia o identificou como um dos principais responsáveis pela comercialização de jammers e outras tecnologias de bloqueio para grupos criminosos. Em sua casa, foram encontrados diversos equipamentos prontos para uso e outros ainda em fase de montagem. Ele foi preso em flagrante.

Após a ação desta segunda, Gesiléa Teles, superintendente de Fiscalização da agência, destacou a importância da cooperação. “A desarticulação dessa fábrica clandestina em São Paulo mostra que a cooperação entre diferentes estados e instituições é fundamental para combater o uso ilegal desses equipamentos”, afirmou.

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