Uma ideia nascida no fim de 2024 está rapidamente se transformando em um dos cases de crescimento mais acelerados do ecossistema de startups no Brasil. A WorkAI, empresa especializada em colaboradores virtuais com inteligência artificial humanizada, cresce entre 30% e 40% ao mês e já projeta atingir R$ 1 milhão em faturamento em seu primeiro ano de operação. O feito ganha ainda mais relevância diante do dado do Observatório Sebrae Startups: entre as 18,4 mil startups cadastradas na plataforma, 57% ainda não geram receita.
O modelo da WorkAI atraiu investidores em tempo recorde. Menos de nove meses após sua fundação, a empresa recebeu um aporte de R$ 5,5 milhões da M2 Digital, venture builder liderada por Marcelo Zalcberg (ex-Herbalife e Unimed) e Marcelo Smarrito (ex-Bodytech e XP), que já impulsionou nomes como o PicPay.
Enquanto chatbots tradicionais ainda esbarram em interações engessadas e limitadas a opções pré-configuradas, a WorkAI aposta em personas digitais personalizáveis. O tom de voz, a linguagem e até a "personalidade" de cada colaborador virtual podem ser moldados de acordo com a necessidade do cliente, permitindo atendimentos mais empáticos, fluidos e próximos da experiência humana.
Um exemplo é a Aurora, secretária virtuavoltada a gestantes, tentantes e lactantes. Ao invés de respostas robóticas, a colaboradora virtual acolhe mulheres em momentos delicados, transmitindo segurança e confiança.
Outro diferencial está na facilidade de integração. Em poucos minutos, os colaboradores virtuais da WorkAI podem ser conectados a canais como WhatsApp, Instagram, e-mail, além de ERPs e CRMs. Isso reduz barreiras de entrada e acelera ganhos de eficiência para empresas de diferentes portes.
Na área da saúde, por exemplo, a automação já mostrou impacto concreto: agendamento de consultas, confirmação automática e acompanhamento de pacientes crônicos podem reduzir em até 47% as perdas financeiras relacionadas a ausências e falhas de comunicação. Em setores como educação e serviços financeiros, os agentes virtuais também são usados para triagem de clientes, suporte recorrente e até cobrança humanizada.
Desde sua criação, a WorkAI foi estruturada para estar em conformidade com a LGPD. A empresa adota práticas como coleta mínima de dados, criptografia de ponta a ponta e auditoria contínua de acessos. À frente desse pilar está Marcella Amado, advogada especializada em proteção de dados e diretora jurídica da ABRASECI, que atua como DPO da startup.
A WorkAI nasceu da união de três empreendedores que já acumularam trajetórias sólidas no setor de tecnologia e inovação. Eduardo Barros, atual CEO, traz a visão estratégica e o olhar para expansão, fruto de sua experiência em empreendedorismo e negócios digitais. Ao seu lado está Murilo Curti, CTO, que carrega a bagagem de ter passado pela Microsoft e fundado a software house Space Needle, o que lhe garante domínio técnico para estruturar soluções escaláveis. O time se completa com Victor Manachini, CMO, mentor do programa NASA Space Apps e sócio de Barros na escola de negócios Thinkplug, responsável por transformar a proposta de valor da startup em posicionamento global.
Com essa combinação de competências, a WorkAI busca se consolidar como referência em IA humanizada não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.