O setor de saúde no Brasil segue a tendência atual de digitalização dos serviços para otimizar
o atendimento e a eficiência, mas isso o coloca no centro das atenções dos ataques
cibernéticos e tentativas de fraude. No ano passado, o Brasil sofreu perdas de R$ 297,7 bilhões
devido aos roubos de dados e fraudes, de acordo com um estudo da Global Anti-Scam Alliance
(GASA) – uma escalada de crimes cibernéticos na saúde, posicionando o setor em terceiro
lugar entre os mais impactados.
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Os criminosos podem vender ou usar esses dados pessoais do usuário (que podem incluir
nomes completos, números de previdência social, endereços e números de identidade) para
cometer roubo de identidade médica, que pode ser usada para obter receitas fraudulentas, por
exemplo.
Nesse contexto, as soluções de identificação biométrica oferecem proteção de dados
garantida, adicionando uma camada extra de segurança que não depende apenas de
credenciais estáticas. A tecnologia vai ainda mais longe graças à sua detecção passiva de
presença local, sem a necessidade de carregar dados para a nuvem.
A eficiência e a conveniência da biometria explicam o crescimento considerável que esse
mercado está experimentando na América Latina, com uma taxa de crescimento anual
composta projetada de 14,35% de 2025 a 2033, segundo dados do IMARC.
O Brasil, juntamente com a Argentina e o México, lidera a adoção dessa tecnologia, embora o
setor de saúde não seja o mais amplamente implementado em comparação com outros, como
o bancário, onde, segundo estudo realizado pela Deloitte e pela Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), 75% dos bancos utilizam reconhecimento facial para autenticação de
clientes.
A tecnologia de verificação de identidade biométrica tem múltiplas aplicações para garantir a
segurança e o tratamento médico correto dos usuários, mas também tem um impacto
significativo nas entidades e empresas de saúde que a implementam. A identificação de
pacientes por meio da biometria garante que os pacientes recebam o tratamento a que
realmente têm direito, especialmente na administração e prescrição de medicamentos, ao
mesmo tempo que permite que as instituições de saúde evitem consequências significativas
por tratamento inadequado, o que pode, por vezes, levar a perdas financeiras significativas.
Além disso, a tecnologia biométrica é extremamente útil em exames médicos, como uma forma
de verificar se as pessoas examinadas são quem dizem ser.
Entre as soluções disponíveis atualmente, já existe uma tecnologia que utiliza apenas o celular
do usuário para validar sua identidade, de modo que todos os dados biométricos são
processados diretamente no dispositivo, evitando que as informações sejam enviados para a
nuvem ou servidores de terceiros, garantindo a máxima privacidade e economizando custos de
infraestrutura para entidades públicas e privadas. Ao não transmitir nenhuma informação
pessoal, as soluções cumprem rigorosamente todas as normas de proteção de dados.
De acordo com Jesús Aragón, CEO da Identy.io, “os avanços tecnológicos mais recentes, como
o uso de Inteligência Artificial para criar Deepfakes ultrarrealistas, exigem soluções biométricas
altamente avançadas que possam garantir inequivocamente que quem está tentando obter
acesso é a pessoa real e não uma identidade sintética, especialmente em setores tão críticos
como a saúde. As soluções da Identy.io são projetadas para adicionar segurança extra sem
exigir altos investimentos em equipamentos específicos, pois requerem apenas um celular com
câmera e flash. Temos uma equipe de P&D de alto nível especializada em IA, aprendizado de
máquina e segurança cibernética, criando soluções de software biométrico que estabelecem
novos padrões em termos de velocidade, precisão e resiliência.”
O Brasil está avançando na digitalização do setor de saúde com iniciativas como o Meu SUS
Digital, a plataforma digital oficial do Sistema Único de Saúde (SUS), mas isso abre espaço
para crimes cibernéticos e roubo de dados para uso fraudulento do sistema. As soluções
biométricas avançadas oferecem uma camada adicional de segurança com detecção passiva
de presença sem contato, processamento de dados no dispositivo sem conexão a servidores
externos e requer apenas um telefone de baixo custo e nenhuma conexão com a internet.