Impasse entre Oi e V.tal faz com que acordo com trabalhadores da Serede seja suspenso

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Foto: Pexels

Um novo impasse entre BTG Pactual (principal acionista da V.tal) e Oi impediu a formalização do acordo trabalhista entre entre Serede e V.tal cujos termos finais haviam sido firmados na segunda, 22, com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Pelos termos divulgados do acordo, a V.tal asseguraria o pagamento das indenização dos trabalhadores da Serede que eventualmente seriam desligados da empresa com o final do contrato entre as duas empresas, e apoiaria a contratação destes trabalhadores pelas novas prestadoras de serviço que estão sendo contratadas pela Nio. O acordo daria garantias a 2,5 mil trabalhadores da Serede afetados pelo fim do contrato com a V.tal. Só que entre o acerto dos termos gerais e a assinatura definitiva do acordo, as coisas azedaram.

Um dos problemas foi que a V.tal, para assegurar recursos de indenização, depositou em juízo o pagamento de pagamento anteriormente devidos à Serede. Este foi o estopim para a suspensão das negociações. Mas a partir deste ponto, existem duas visões diferentes sobre o problema, como fica evidente na leitura das duas notas oficiais emitidas pelas empresas.

Duas versões

Do ponto de vista da Serede/Oi, o impasse se deveu ao fato de que haveria, por parte da V.tal, a expectativa de aporte de recursos adicionais. E o que houve foi o uso exclusivamente de recursos devidos à Serede por serviços prestados.

"Embora a V.tal tenha em sua nota informado que teria viabilizado por meio de um acordo um aporte financeiro aos colaboradores, na verdade não há qualquer contribuição pela Vtal/BTG além do pagamento de faturas por serviços já prestados pela Serede e devidos pela regular prestação do serviço já executado e do qual a V.tal/BTG já foi beneficiada", diz a empresa. A íntegra do posicionamento da Serede está disponível aqui.

Do ponto de vista da V.tal, desde o acordo inicial estava claro que os recursos a serem utilizados viriam de faturas já emitidas. Por isso seria preciso garantir que os recursos devidos à Serede sejam efetivamente utilizados para pagar as indenizações. Ela também afirma que não é a V.tal que tem responsabilidade pelos passivos trabalhistas da Oi, por isso o depósito em Juízo.

Segundo a empresa, a Oi "hoje controlada pela gestora estrangeira Pimco, insiste em direcionar os recursos para outras finalidades, sem compromisso com o repasse aos profissionais afetados." A empresa diz ainda que "segue aberta para negociar uma solução consensual que priorize acima de tudo os direitos dos trabalhadores envolvidos". A íntegra do posicionamento da V.tal está aqui.

Trabalhadores no fogo cruzado

Já os trabalhadores foram pegos de surpresa no meio da confusão. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadoras de Mesas Telefônicas (Fenattel), que representa 18 sindicatos em 17 Estados, infoma que se não houver uma solução até o dia 30, haverá um indicativo de greve. A continuidade da reunião será no dia 29.

Já a Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores Em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp) se opõe ao acordo porque entende que as condições negociadas com a V.tal são ruins em relação às condições praticadas pela Serede.

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