Desktop confirma conversas com a Claro sobre potencial venda

Foto: Desktop

A Desktop confirmou que está em conversas com a Claro sobre uma potencial venda de suas operações para a operadora, de acordo com comunicado divulgado ao mercado no início da noite desta terça-feira, 7.

Na nota, o provedor paulista "confirma que já houve conversas preliminares não vinculantes com a Claro sobre uma potencial transação". Contudo, destacou que, "até o momento, não houve acordo sobre preço, estrutura e demais condições".

A Desktop se manifestou após o portal "Brazil Journal" noticiar que a empresa estava em uma negociação avançada para vender a sua operação para tele. A publicação diz que a transação seria por 100% do capital e levaria ao fechamento do capital da Desktop, atualmente uma companhia aberta com ações negociadas na B3.

No comunicado ao mercado, a Desktop afirma que "avalia continuamente oportunidades que possam contribuir para o desenvolvimento de seus negócios e para a geração de valor".

Disputa em São Paulo

A eventual aquisição da Desktop poderia tornar a Claro líder no mercado de banda larga no estado de São Paulo. A marca da América Móvil conta com 4,52 milhões de acessos no território paulista, de acordo com dados reportados à Anatel referentes ao mês de agosto.

A Desktop, por sua vez, atua no interior e no litoral paulista e tem um base de 1,19 milhão de acessos. A combinação dos negócios superaria a carteira da Vivo, com 4,82 milhões de assinantes paulistas.

Vale lembrar que, em todo o Brasil, a Claro segue na liderança, com 10,47 milhões de clientes de banda larga, levando em conta todas as tecnologias de acesso. As conexões em fibra, porém, somam 2,34 milhões (22,34% da carteira).

Interesse da Vivo

Esta não é a primeira vez que a Desktop é abordada por uma grande operadora interessada em um processo de fusão e aquisição (M&A).

No ano passado, a Vivo confirmou que entrou em conversas com o provedor paulista a respeito de uma potencial transação, o que não acabou se concretizando. Em diversas conferências de resultados com analistas financeiros, o CEO da Desktop, Denio Alves Lindo, destacou que a eventual venda da empresa não seria "o melhor caminho".