Pesquisa da S&P Kagan mostra Brasil na liderança do 5G regional

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A América Latina e o Caribe registraram 677,5 milhões de acessos móveis ao final de 2024, segundo levantamento da S&P Global Market Intelligence (Kagan). O crescimento foi de 2,3% em relação a 2023, resultado de 15 milhões de novas adições líquidas. A taxa de penetração móvel atingiu 126% em uma população de pouco mais de meio bilhão de pessoas, impulsionada pelo uso de múltiplos chips para reduzir custos de chamadas e mensagens.

Brasil e México responderam juntos por 61,9% das linhas móveis contabilizadas e por 66,1% da receita regional. O Brasil se destacou também como o maior mercado de pós-pago, com cerca de metade das assinaturas dessa modalidade. Já o México concentrou 32,3% do total das linhas pré-pagas da região, mantendo-se como o maior mercado nesse segmento.

Embora a receita total do setor tenha permanecido estável em 2024, as operadoras vêm ampliando a participação do pós-pago, considerado de maior previsibilidade. A expectativa é que a base contratual continue crescendo nos próximos anos, enquanto o pré-pago se mantém praticamente inalterado, observa o analista responsável pelo estudo da Kagan, Bruno do Amaral.

5G cresce em ritmo acelerado

O 4G ainda liderava as conexões em 2024, com 288,1 milhões de linhas, ou 44,6% do total regional. No entanto, o 5G avançou de forma consistente. O Brasil terminou o ano com 40 milhões de acessos, quase o dobro do ano anterior. O México alcançou 16,2 milhões, aumento de 64%. A Colômbia registrou 8,9 milhões e o Chile, 7,3 milhões. Juntos, esses quatro países somaram 72,4 milhões de usuários 5G, em um cenário no qual o espectro de 3,5 GHz já está disponível em oito mercados, incluindo Argentina e Peru.

A região encerrou 2024 com mais de 250 mil torres móveis, uma média de 2.433 pessoas por site. O crescimento foi de 2% em relação a 2023, com destaque para o Caribe, que registrou aumento de 4,31% no número de sites. Entre os maiores mercados, o Brasil teve a expansão mais relevante: alta de 2,45% no total de torres em um ano.

As torres tradicionais cresceram 1,53% no período, enquanto as small cells e sistemas de antenas distribuídas (DAS) avançaram 4,84%. No Brasil, a expansão de small cells chegou a 12,1%, evidenciando a preparação para suportar frequências mais altas de 5G e, futuramente, 6G.

Segundo Amaral, da S&P Kagan, o mercado móvel latino-americano deve crescer em ritmo moderado nos próximos anos, tanto em número de assinantes quanto em receita, ambos na faixa de dígitos baixos de crescimento anual composto (CAGR). A expectativa é que a migração para planos pós-pagos siga como principal motor de geração de mais receitas, enquanto a adoção de 5G e a necessidade de redes mais densas impulsionem novos investimentos em infraestrutura.

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