A Universidade de Brasília (UnB) inaugurou nesta segunda-feira, 15, o Laboratório Multiusuário Institucional de Inteligência Artificial e Supercomputação (LmiSUP). A iniciativa é fruto de uma parceria com a Intel, que forneceu dois servidores com aceleradores Gaudi 2.
A instituição de ensino, inclusive, aproveitou a oportunidade para divulgar uma chamada pública, para permitir que pesquisadores de diferentes campos do conhecimento utilizem a nova infraestrutura.
Diretor de marketing e porta-voz da Intel, Carlos Buarque disse que o projeto faz parte da estratégia da companhia de fomentar mão de obra para novas tecnologias no País. "Trabalhar em conjunto com universidades é fundamental porque para que possamos ter mais pessoas capacitadas", disse o executivo ao TELETIME.
"A UnB precisava de um de um equipamento para inteligência artificial para usar com os projetos que eles têm. E nós precisávamos dar visibilidade para a plataforma aqui no Brasil, além de formar pessoas nessa área. A UnB então fez o laboratório e nós fornecemos o hardware", contou Buarque.
Segundo a empresa, o primeiro cluster de supercomputação com aceleradores de IA da UnB tem capacidade de realizar mais de um quatrilhão de operações por segundo. Em outras palavras, isso significa poder de processamento para realizar, em segundos, tarefas que levariam semanas ou meses em computadores convencionais.
O executivo disse ainda que a fornecedora pretende trabalhar com 10 universidades no Brasil para fornecer a solução. O nome das instituições ainda segue em sigilo.
A empresa também informou que tem dialogado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e outras instâncias governamentais para identificar universidades que já possuem centros de IA e que possam usar o supercomputador, acelerando projetos locais sem depender da infraestrutura de superclusters nacionais ainda em planejamento.
Além do desenvolvimento acadêmico, a presença do equipamento no País também visa garantir soberania sobre dados sensíveis. De acordo com Buarque, ter o servidor localmente evita barreiras impostas por nuvens estrangeiras, protegendo informações confidenciais e pesquisas que podem resultar em patentes.